Dados do Trabalho
Título
ESTUDO RETROSPECTIVO PARA UTILIZAÇAO DE IMPRESSORA 3D NO PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO DOS AGRAVOS NA FACE
Resumo
Introdução
A prototipagem emprega recursos computacionais e métodos de processamento de imagens para viabilizar a criação de um intrincado modelo plástico em três dimensões (3D) com exatidão nas medidas e nas características anatômicas, as quais são frequentemente derivadas de tomografia computadorizada (TC). A exatidão dimensional e anatômica proporcionada pelos modelos 3D, no planejamento pré-operatório, viabiliza o estudo de todo o segmento ósseo a ser corrigido, prevendo o tamanho, a forma e a característica do enxerto ósseo desejado para reparo do defeito, direcionando a localização e orientação dos fragmentos ósseos. O planejamento cirúrgico por meio da prototipagem permite que a equipe cirúrgica obtenha, previamente, um modelo físico para avaliar, permitindo a simulação do procedimento cirúrgico antes da cirurgia no paciente. Com isto, o resultado são cirurgias com menores tempos cirúrgicos e maior precisão, diminuindo os riscos de complicações ao paciente e os custos hospitalares. O planejamento do tratamento de agravos da face, as principais aplicações incluem: criação de biomodelos para planejamento e treinamento cirúrgico em polímero ou gesso, além da confecção de próteses. Além dos benefícios econômicos devido ao menor tempo cirúrgico e menores taxas de complicações, o uso da prototipagem garante, também, benefício sociais, pois permite uma redução de traumas de pacientes no pós-operatório, promovendo o bem estar social, bem como reabilitação física desses pacientes junto à sociedade através de procedimentos mais eficazes em sua recuperação, devolvendo a autoestima e reintegração social. Apesar dos enormes avanços recentes, o emprego dessa tecnologia ainda enfrenta diversos desafios, entre eles o custo relativamente alto dos modelos que conseguem combinar diferentes matérias-primas para criar componentes mais resistentes. Isto faz com que seu uso fique concentrado principalmente em países desenvolvidos. Além disso, a produção de peças biomédicas continua restrita a um número limitado de materiais.
Objetivos
Demonstrar a aplicação do uso de modelos 3D em pacientes submetidos à reconstrução de mandíbula pela equipe de Cirurgia Plástica e Microcirurgia reconstrutiva de um Hospital Público do Estado do Ceará.
Pacientes e métodos
Trata-se de um estudo retrospectivo no qual foi selecionada uma paciente atendida e tratada no serviço público de cirurgia plástica do Estado do Ceará no ano de 2023 para reconstrução do ângulo da mandíbula, com o uso da impressora 3D, devido a um câncer local. A impressora 3D utilizada foi a de modelo Ender 3 S1 da creality 3D (figura 1), adquirida em 2023, pela gerência de ensino e pesquisa do complexo hospitalar supracitado. Como embasamento teórico, foi realizada uma pesquisa na base de dados Scielo e na biblioteca virtual PubMed. Os textos foram selecionados de acordo com a proposta do trabalho e prioritariamente na língua portuguesa. Foram excluídos os textos com publicação anterior ao ano 2010.
Discussão
Atualmente a utilização de próteses desenvolvidas em impressora 3D tem revolucionado e oferecido novos caminhos para a reconstrução dos traumas de face. Com a aprimoração da tecnologia radiológica, em especial a tomografia computadorizada (TC), imagens de alta definição em 3D permitem uma melhor visualização, com detalhamento e análise com precisão das estruturas anatômicas (figuras 2 e 3). Essa abordagem apresentou muitos benefícios, entre eles, a diminuição da morbidade na área doadora, melhor precisão de definição das margens de ressecção, moldagem da placa, escolha dos parafusos, manutenção do diâmetro transverso da mandíbula, melhoria no ajuste da prótese de côndilo na ATM, manutenção da oclusão necessária, como também de redução do tempo cirúrgico, tempo de anestesia e custos hospitalares.
Conclusão
O uso de protótipos criados em impressora 3D , na reconstrução de defeitos faciais tem apresentado na literatura, resultados satisfatórios, como benefícios econômicos devido ao menor tempo cirúrgico e menores taxas de complicações, como também benefícios sociais, pois permitem uma redução de traumas e melhor recuperação do paciente.
Introdução
Introdução
A prototipagem emprega recursos computacionais e métodos de processamento de
imagens para viabilizar a criação de um intrincado modelo plástico em três dimensões (3D)
com exatidão nas medidas e nas características anatômicas, as quais são frequentemente
derivadas de tomografia computadorizada (TC). Este avanço tecnológico tem encontrado
ampla aplicação como suporte em diversas áreas da medicina, incluindo cirurgia ortognática
e crânio-maxilofacial, traumatologia, implantes dentários, cardiologia, otorrinolaringologia e
até mesmo em estudos arqueológicos.
A exatidão dimensional e anatômica proporcionada pelos modelos 3D, no
planejamento pré-operatório, viabiliza o estudo de todo o segmento ósseo a ser corrigido,
prevendo o tamanho, a forma e a característica do enxerto ósseo desejado para reparo do
defeito, direcionando a localização e orientação dos fragmentos ósseos.
O planejamento cirúrgico por meio da prototipagem permite que a equipe cirúrgica
obtenha, previamente, um modelo físico para avaliar, permitindo a simulação do
procedimento cirúrgico antes da cirurgia no paciente. Com isto, o resultado são cirurgias com
menores tempos cirúrgicos e maior precisão, diminuindo os riscos de complicações ao
paciente e os custos hospitalares.
De forma geral, existem várias aplicações da prototipagem na área da saúde, cada uma
exigindo o uso de materiais específicos e, consequentemente, a aplicação de tecnologias de
prototipagem distintas. No que se refere à aplicação da prototipagem no planejamento do
tratamento de agravos da face, as principais aplicações incluem: criação de biomodelos para
planejamento e treinamento cirúrgico em polímero ou gesso, além da confecção de próteses.
Além dos benefícios econômicos devido ao menor tempo cirúrgico e menores taxas de
complicações, o uso da prototipagem garante, também, benefício sociais, pois permite uma
redução de traumas de pacientes no pós-operatório, promovendo o bem estar social, bem
como reabilitação física desses pacientes junto à sociedade através de procedimentos mais
eficazes em sua recuperação, devolvendo a autoestima e reintegração social.
Apesar dos enormes avanços recentes, o emprego dessa tecnologia ainda enfrenta
diversos desafios, entre eles o custo relativamente alto dos modelos que conseguem combinar
diferentes matérias-primas para criar componentes mais resistentes. Isto faz com que seu uso
fique concentrado principalmente em países desenvolvidos. Além disso, a produção de peças
biomédicas continua restrita a um número limitado de materiais.
Objetivo
Objetivos
Demonstrar a aplicação do uso de modelos 3D em pacientes submetidos à
reconstrução de mandíbula pela equipe de Cirurgia Plástica e Microcirurgia reconstrutiva de
um Hospital Público do Estado do Ceará.
Método
Pacientes e métodos
Trata-se de um estudo retrospectivo no qual foi selecionada uma paciente atendida e
tratada no serviço público de cirurgia plástica do Estado do Ceará no ano de 2023 para
reconstrução do ângulo da mandíbula, com o uso da impressora 3D, devido a um câncer
local. A impressora 3D utilizada foi a de modelo Ender 3 S1 da creality 3D (figura 1),
adquirida em 2023, pela gerência de ensino e pesquisa do complexo hospitalar supracitado.
Como embasamento teórico, foi realizada uma pesquisa na base de dados Scielo e na
biblioteca virtual PubMed. Foram empregadas as palavras chaves: impressão tridimensional,
crânio-maxilo, reconstrução mandibular, agravos da face. Os textos foram selecionados de
acordo com a proposta do trabalho e prioritariamente na língua portuguesa. Foram excluídos
os textos com publicação anterior ao ano 2010.
Resultado
Resultado
O resultado foram benefícios econômicos devido ao menor tempo cirúrgico e menores taxas de complicações, benefício sociais, pois permite uma redução de traumas de pacientes no pós-operatório, reabilitação física mais favorável.
Discussão
Discussão
A reconstrução por microcirurgia é uma abordagem complexa e essencial no ambiente
de cirurgias reconstrutivas, desempenhando um papel crucial em cirurgias oncológicas. Nos
últimos 50 anos, foram feitos diversos avanços nessas técnicas, proporcionando um amplo
espectro de opções de retalhos potenciais. Os enxertos osteomiocutâneos foram um grande
avanço para a aprimoração das reconstruções, no entanto, com o desenvolvimento de técnicas
de retalhos microcirúrgicos, a utilização de retalhos ósseos vascularizados se tornou o método
padrão ouro nas reconstruções mandibulares. Atualmente a utilização de próteses
desenvolvidas em impressora 3D tem revolucionado e oferecido novos caminhos para a
reconstrução dos traumas de face.
A introdução da prototipagem na medicina ainda é razoavelmente recente, possuindo
diversos caminhos a serem desenvolvidos e aprimorados. Com a aprimoração da tecnologia
radiológica, em especial a tomografia computadorizada (TC), imagens de alta definição em
3D permitem uma melhor visualização, com detalhamento e análise com precisão das
estruturas anatômicas (figuras 2 e 3). A TC mostra-se o exame padrão para o
desenvolvimento de protótipos em virtude da sua capacidade de adquirir imagens ideais. Essa
abordagem apresentou muitos benefícios, entre eles, a diminuição da morbidade na área
doadora, melhor precisão de definição das margens de ressecção, moldagem da placa, escolha
dos parafusos, manutenção do diâmetro transverso da mandíbula, melhoria no ajuste da
prótese de côndilo na ATM, manutenção da oclusão necessária, como também de redução do
tempo cirúrgico, tempo de anestesia e custos hospitalares.
Conclusão
Conclusão
A reconstrução da mandíbula tem apresentado diversos avanços, dentre estes avanços,
a cirurgia microcirúrgica, inexoravelmente, representou um grande passo nesse procedimento
permitindo melhores resultados cirúrgicos e recepção do leito receptor. O uso de protótipos
criados em impressora 3D , na reconstrução de defeitos faciais tem apresentado na literatura,
resultados satisfatórios, como benefícios econômicos devido ao menor tempo cirúrgico e
menores taxas de complicações, como também benefícios sociais, pois permitem uma
redução de traumas e melhor recuperação do paciente.
Referências
Referências
1. Hospital Universitário da USP realiza cirurgia com apoio de impressora 3D.
Disponível em:
2. MARTINS JUNIOR, José Carlos; KEIM, Frederico Santos. Use of prototyping in
planning microsurgical reconstruction of the mandible. Rev Bras Cir
Craniomaxilofac, Blumenau, v. 14, n. 4, p. 225-228, 09 set. 2011. Disponível em:
http://www.abccmf.org.br/cmf/revi/2011/out-dez/11-
Uso%20de%20prototipagem%20no%20planejamento%20de%20reconstru%C3%A7
%C3%A3o.pdf. Acesso em: 05 maio 2024
3. LACERDA, Izabela Daylê Rodrigues. O USO DE PROTÓTIPOS NA CIRURGIA
BUCOMAXILOFACIAL: IMPRESSÃO 3D DE UMA MANDÍBULA PARA O
PLANEJAMENTO DE RESSECÇÃO MANDIBULAR. 2018. 37 f. Monografia
(Especialização) - Curso de Odontologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2018. Disponível em:
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35359/1/Monografia%20completa%20izab
ela%20final.pdf. Acesso em: 05 maio 2024.
4. FERNANDES, Gabriel Cássio da Silva et al. Reconstruções de defeitos mandibulares
centrais e laterais com enxertos autógenos não vascularizados: uma revisão das
perspectivas atuais. Brazilian Journal of Development, [s. l.], ano 2021, v. 7, p. 14744
- 14760, 10 fev. 2021. DOI 10.34117/bjdv7n2-208. Disponível em:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24554. Acesso
em: 14 abr. 2024.
5. MATOZINHOS, Isabela Penido et al. Impressão 3D: Inovações no campo da
medicina. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas, v. 1, n. 1, p. 143-162, 2017.
Palavras Chave
impressão tridimensional; crânio-maxilo; reconstrução mandibular
Arquivos
Área
Cirurgia Plástica
Categoria
Cirurgia Plástica
Instituições
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTIDIO - UFC - Ceará - Brasil
Autores
MIRLLA MICHELLE ALVES UCHOA, MARIA CLARA DANTAS VALLE SOARES, SALUSTIANO GOMES DE PINHO PESSOA, LAIRTON LIMA MOREIRA, FABRICIO ANDRADE VIEIRA MOREIRA