XXII Sul Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia & XIV Congresso Catarinense de Ortopedia e Traumatologia

Dados do Trabalho


Título

Relato de caso e revisão da literatura de Piomiosite em ileopsoas de apresentação subaguda após trauma.

Introdução

A piomiosite primária ou piomiosite tropical é uma enfermidade de alta incidência em países tropicais e apresenta poucos casos em climas temperados. Infecções musculoesqueléticas em crianças tem alto potencial de morbimortalidade. A piomiosite é uma das infecções dos músculos, sendo a região mais comum, o quadril. É mais comum na primeira e segunda década de vida. As apresentações são subagudas geralmente. Os sintomas são inespecíficos. Seu diagnóstico é clínico. O principal germe é o Staphylococus Aureus. Exames de imagem como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética podem auxiliar no diagnóstico. A ressonância magnética (RM) nos dias de hoje, passou auxiliar no diagnóstico para avalição mais adequada na sua suspeita.

Objetivos

O objetivo do relato é descrever um caso atípico de piomiosite pós trauma, no músculo iliopsoas. Há poucas descrições na literatura devido à dificuldade de diagnóstico. Diante do quadro atípico, propomos relatar e revisar a literatura dos casos de piomiosite.

Descrição do Caso

Paciente N.O.S, masculino, 11 anos, previamente hígido e sem comorbidades, vem encaminhado ao serviço de ortopedia devido quadro arrastado de febre de até 39,6 graus, dor abdominal em fossa ilíaca esquerda, empastamento do quadrante inferior do abdome a esquerda há 7 dias. Relatou episódio de trauma em atividade escolar há 15 dias. Ao exame físico apresentava dificuldade de marcha, dor refratária a analgesia simples e sem limitação de arco de movimento do quadril esquerdo. Passou por avaliação de equipe de cirurgia pediátrica, que descartou patologias intraabdomininais. Inicialmente, apresentava proteína C reativa ( PCR) com valor de 244 miligramas por litro(mg/L) e hemograma com 16300 leucócitos e desvio de 8%. A ressonância evidenciou lesão entre ilíaco e piriforme.Dimensão de 8,8x 3,1 x 5,7 centímetros. Optou-se por abordagem cirúrgica para drenagem com vias anterior do quadril e póstero-lateral. No intra-operatório, observou-se presença de grande quantidade de secreção purulenta e necrose no músculo iliopsoas. Culturas apresentaram crescimento de streptococcus beta hemolítico. Em cerca de 3 dias, o paciente não apresentou mais episódios febre e secreção em feridas operatória, PCR 99(mg/L) após 5 dias, além de cessar dor e não apresentar limitação de marcha e flexão do quadril ipslateral a musculatura acometida.

Conclusão

Podemos observar a importância do diagnóstico breve de piomiosite, para evitar complicação graves devido falta de tratamento adequado

Palavras Chave

piomiosite, ilieopsoas, Myositis

Área

ORTOPEDIA PEDIÁTRICA

Autores

LUAN PEDRO SANTOS ROCHA, NADIANE MACIEL BECKER, FERNANDO SILVA LUPSELO, SAULO DA ROSA DRUM, SUZANA KNIPHOFF DE OLIVEIRA