XXII Sul Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia & XIV Congresso Catarinense de Ortopedia e Traumatologia

Dados do Trabalho


Título

Avaliação Tomográfica do Posicionamento das Baseplates Reversas com Planejamento 3D em Software Pré-Operatório

Introdução

Avaliar o posicionamento das baseplates reversas onde o planejamento pré-operatório foi realizado em software específico para o implante utilizado

Material e Método

Entre outubro de 2019 e junho de 2021, 33 artroplastias reversas do ombro da marca Wright-Tornier® foram realizadas após ser realizado o planejamento pré-operatório no software BluePrint®. Foi possível avaliar com tomografia computadorizada pós-operatória 25 pacientes (Perda de 8 casos – 24,2%). Foram excluídos 2 pacientes (um por interferência de material de síntese no software e outro por ter sido utilizado um guia específico baseado no planejamento - PSI). Os 23 pacientes incluídos no estudo tiveram sua tomografia computadorizada analisada por um médico radiologista cego para os dados de prontuário. Foi analisada a versão e a inclinação da baseplate, bem como o posicionamento do peg central da baseplate. Para a análise da versão foram consideradas bem-posicionadas as baseplates dentro do arco angular de 2o de anteversão e 9o de retroversão em relação à Linha de Friedman. Para a análise da inclinação foram consideradas bem-posicionadas as baseplates dentro do arco de zero à 10o inferior em relação à Linha de Friedman. Foram considerados bem-posicionados os pegs centrais das baseplates que não perfuraram o vault da glenóide

Resultados

A média de idade dos pacientes foi de 74 anos. A artropatia do manguito rotador foi a indicação em 18 casos (78,2%). Foi verificado que 17 baseplates (73,9%) estavam posicionadas dentro da versão recomendada pela literatura. As 6 baseplates (26%) posicionadas fora da versão recomendada pela literatura encontravam-se anterior ao limite máximo de 2 graus (mínimo de 3,3o e máximo de 11,5o). Foi verificado que 17 baseplates (73,9%) estavam posicionadas dentro da inclinação recomendada pela literatura. As 6 baseplates (26%) posicionadas fora da inclinação recomendada pela literatura encontravam-se com inclinação superior (mínimo de 1,8o e máximo de 5,3o). Foi verificado o peg central da baseplate intraósseo em 100% dos casos operados.

Conclusão

A utilização do planejamento pré-operatório em software permite entender a deformidade óssea da glenóide, e com isso posicionar o peg central da baseplate sem perfurar o vault glenoidal, mas não garante o posicionamento da baseplate com exatidão no que diz respeito à versão e à inclinação do implante. Há uma tendência de subestimar a inclinação superior da glenóide e uma tendência à hipercorreção da versão por parte do cirurgião

Palavras Chave

artroplastia
tomografia computadorizada

Área

OMBRO E COTOVELO

Categoria

Estudo Clínico

Autores

ALEXANDRE DE ALMEIDA, MARCOS ANDRE M SILVA, FELIPE HORTA BARBOSA, DANIEL CECCONI AGOSTINI, SAMUEL PANTE, LUIS FELIPE GOBBI