Dados do Trabalho
Título
Fatores Prognósticos para recuperação da Força Muscular após Artroplastia Reversa do Ombro
Introdução
Analisar os fatores prognósticos para recuperação da força muscular no membro superior após a cirurgia de Artroplastia Reversa do Ombro (ARO).
Material e Método
Um grupo de 61 ombros submetidos à ARO foi avaliado com uma média de 45,2 meses de pós-operatório. Foi avaliada a média de força de flexão anterior (FFA) e a média de força de abdução lateral (FAL) com um dinamômetro isocinético digital de tração da marca Berkley®, composto por duas alças rígidas reguláveis, sendo uma extremidade fixa junto ao pé do examinador e a outra na extremidade do MS do paciente. O dispositivo era regulado para adaptar-se à altura do paciente. Os casos foram separados de acordo com a patologia responsável pela indicação cirúrgica para fins de análise estatística. No grupo dos casos de ARO por Artropatia do Manguito Rotador (AMR) (42 casos) foi avaliada a força de acordo com a dominância, a classificação de Hamada, as complicações, a sutura prévia do manguito rotador, o reparo do Subescapular e a degeneração gordurosa do Redondo Menor. Nos casos operados por fratura (9 casos) foi avaliada a força de acordo com a integração dos tubérculos suturados. No grupo dos casos operados por sequela de fratura (10 casos) foi avaliada a força e os grupos foram analisados comparativamente entre si.
Resultados
Avaliando os casos de AMR foi verificado que não houve diferença estatística para recuperação da FFA e FAL nos ombros dominantes (0,697/0,883), nos ombros mais comprometidos classificados por Hamada em 4A, 4B e 5 (0,343/0,857), nos casos onde houveram complicações (0,600/0,960), nos casos onde foi previamente suturado o manguito rotador (0,786/0,821), nos casos onde foi suturado o subescapular ao final da cirurgia (0,961/0,325) e nos casos onde havia ausência ou degeneração gordurosa do tendão do redondo menor (0,131/0,229). Avaliando os casos de fratura foi verificada melhor FAL nos casos em que houve integração dos tubérculos suturados (p<0,001). Ao comparar as patologias de indicação cirúrgica, foi verificado melhor FFA entre os casos operados por AMR quando comparados aos casos de sequela de fratura (p<0,001). O mesmo foi verificado para a FAL ao comparar casos operados por AMR com os casos de Fraturas (p<0,001) e com os casos operados por sequela de fraturas (p<0,001).
Conclusão
A patologia responsável pela indicação cirúrgica é o único fator prognóstico para a recuperação da FFA e da FAL na ARO. A ARO para tratamento de AMR tem melhor prognóstico para recuperação da força muscular.
Palavras Chave
artroplastia
força muscular
Área
OMBRO E COTOVELO
Categoria
Estudo Clínico
Autores
ALEXANDRE DE ALMEIDA, AUGUSTO SARI CASSOL, SAMUEL PANTE, LUIS FELIPE GOBBI, MARCELO GODINHO VICENTE, ARIVALDIR BORGES OLIBONI