XXII Sul Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia & XIV Congresso Catarinense de Ortopedia e Traumatologia

Dados do Trabalho


Título

Fatores Prognósticos para recuperação da Força Muscular após Artroplastia Reversa do Ombro

Introdução

Analisar os fatores prognósticos para recuperação da força muscular no membro superior após a cirurgia de Artroplastia Reversa do Ombro (ARO).

Material e Método

Um grupo de 61 ombros submetidos à ARO foi avaliado com uma média de 45,2 meses de pós-operatório. Foi avaliada a média de força de flexão anterior (FFA) e a média de força de abdução lateral (FAL) com um dinamômetro isocinético digital de tração da marca Berkley®, composto por duas alças rígidas reguláveis, sendo uma extremidade fixa junto ao pé do examinador e a outra na extremidade do MS do paciente. O dispositivo era regulado para adaptar-se à altura do paciente. Os casos foram separados de acordo com a patologia responsável pela indicação cirúrgica para fins de análise estatística. No grupo dos casos de ARO por Artropatia do Manguito Rotador (AMR) (42 casos) foi avaliada a força de acordo com a dominância, a classificação de Hamada, as complicações, a sutura prévia do manguito rotador, o reparo do Subescapular e a degeneração gordurosa do Redondo Menor. Nos casos operados por fratura (9 casos) foi avaliada a força de acordo com a integração dos tubérculos suturados. No grupo dos casos operados por sequela de fratura (10 casos) foi avaliada a força e os grupos foram analisados comparativamente entre si.

Resultados

Avaliando os casos de AMR foi verificado que não houve diferença estatística para recuperação da FFA e FAL nos ombros dominantes (0,697/0,883), nos ombros mais comprometidos classificados por Hamada em 4A, 4B e 5 (0,343/0,857), nos casos onde houveram complicações (0,600/0,960), nos casos onde foi previamente suturado o manguito rotador (0,786/0,821), nos casos onde foi suturado o subescapular ao final da cirurgia (0,961/0,325) e nos casos onde havia ausência ou degeneração gordurosa do tendão do redondo menor (0,131/0,229). Avaliando os casos de fratura foi verificada melhor FAL nos casos em que houve integração dos tubérculos suturados (p<0,001). Ao comparar as patologias de indicação cirúrgica, foi verificado melhor FFA entre os casos operados por AMR quando comparados aos casos de sequela de fratura (p<0,001). O mesmo foi verificado para a FAL ao comparar casos operados por AMR com os casos de Fraturas (p<0,001) e com os casos operados por sequela de fraturas (p<0,001).

Conclusão

A patologia responsável pela indicação cirúrgica é o único fator prognóstico para a recuperação da FFA e da FAL na ARO. A ARO para tratamento de AMR tem melhor prognóstico para recuperação da força muscular.

Palavras Chave

artroplastia
força muscular

Área

OMBRO E COTOVELO

Categoria

Estudo Clínico

Autores

ALEXANDRE DE ALMEIDA, AUGUSTO SARI CASSOL, SAMUEL PANTE, LUIS FELIPE GOBBI, MARCELO GODINHO VICENTE, ARIVALDIR BORGES OLIBONI