XXII Sul Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia & XIV Congresso Catarinense de Ortopedia e Traumatologia

Dados do Trabalho


Título

CICATRIZAÇÃO APÓS FASCIECTOMIA POR INCISÃO DE BRUNER E MCCASH EM PACIENTE COM DOENÇA DE DUPUYTREN: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

Introdução

Objetivo: Comparar a qualidade cicatricial em pacientes com a Doença de Dupuytren, tratados através de cirurgia, entre a fasciectomia por incisão de Bruner e McCash.

Material e Método

Material: Ensaio clínico randomizado com pacientes previamente diagnosticados com Dupuytren. Incluídos pacientes com diagnóstico clínico de Doença de Dupuytren, de ambos os sexos, que não possuíam cirurgia prévia ou traumatismos na mão acometida. A determinação do da amostra foi realizada através cálculo a partir da população doente conhecida e com base na literatura, com nível de confiança de 95% e o poder de 80%, sendo o número exigidos, para detectar um resultado representativo. Método: Todos os pacientes foram submetidos à cirurgia de fasciectomia parcial, por incisão de Bruner e de McCash e a avaliação da cicatrização foi através da Escala Analógica Visual (EAV), da Escala de Cicatrização de Vancouver (ECV) e da Patient And Observe Scar Assessment Scale (POSAS) traduzida para o português

Resultados

Foram alocados 38 pacientes no grupo Bruner e 34 no grupo McCash. A idade média dos pacientes foi de 61 anos, a maioria da amostra (72,2%) é composta de pacientes da raça branca. Houve grande variação no tempo de aparecimento da doença, a média foi de 5,8 anos. Um total de 40 pacientes (55,5%) referiram trabalho braçal, 8 pacientes apresentaram doença de Ledderhose e apenas um paciente informou doença de Peyronie.
O teste Mann-Withney mostrou diferença significativa entre os grupos Bruner e McCash, em relação a todas as escalas. O teste One way Anova apresentou, para as quatro escalas (EVA, EVC, POSAS-Ob e POSAS-P), assim como o teste de Tukey, mostraram diferenças significativas, conforme a técnica, isto é, pacientes operados por Bruner têm avaliação pior (média maior) em relação aos McCash. O mesmo se aplica a pacientes avaliados pela escala de Vancouver, mostrando superioridade na técnica de McCash quando comparada a técnica de Bruner. Na Escala POSAS Paciente, o resultado da comparação entre ambas as técnicas, também mostra superioridade estatística. Porém, quando comparamos pacientes com classificação de Tubiana leve, não mostrou vantagem entre ambas as técnicas.

Conclusão

A técnica de McCash demonstrou ser superior à técnica de Bruner em relação a ocorrência de complicações pós-operatórias, qualidade cicatricial e satisfação do paciente após cirurgia de fascectomia parcial em pacientes com doença de Dupuytren.

Palavras Chave

Dupuytren, fasciectomia, Brunner, McCash

Área

MÃO

Categoria

Estudo Clínico

Autores

LUIZ GUILHERME DE SABOYA LENZI, JOAO BAPTISTA GOMES DOS SANTOS, VINICIUS YNOE DE MORAES, JORGE RADUAN NETO, CARLOS HENRIQUE FERNANDES, FLÁVIO FALOPPA