XVI Congresso Sul-Brasileiro de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

Doença de Coats: Relato de Caso

Fundamentação/ Introdução

A doença de Coats se caracteriza como uma condição idiopática, congênita e não hereditária dos vasos retinianos com telangectasias, aumento da permeabilidade vascular e exudato sub-retiniano.

Objetivos

Relatar um caso de doença de Coats em um indivíduo.

Delineamento e Métodos

Relato de caso: Paciente de 17 anos de idade, sexo masculino, previamente hígido, procura serviço oftalmológico com queixa de baixa acuidade visual em olho direito há seis meses, de caráter progressivo e indolor. Na história pessoal e familiar não apresenta informações dignas de nota. Acuidade visual sem correção mostrava movimento de mãos em olho direito e 20/25 em olho esquerdo, sem melhoras com correção . A biomicroscopia anterior evidenciou catarata polar anterior em ambos os olhos. No mapeamento de retina foi observado no olho direito disco óptico ligeiramente pálido, atrofia macular com área de fibrose subrretiniana, áreas hipocromicas retinianas puntiformes difusas em média periferia, exsudação macular, presença de mobilização de pigmentos e área de fibrose retinina periféricas. O olho esquerdo não apresentava alterações. (figura 1).O tratamento foi realizado com fotocoagulação a laser em olho direito. O paciente manteve seguimento em nosso serviço apresentando melhora visual gradativa. Após um ano apresentava acuidade visual de 20/200 em olho direito, com melhora nas áreas de exsudação e marcas de fotocoagulação. O exame de angiofluoresceinografia não evidenciava áreas de isquemia residuais. (figura 2).A tomografia de coerência óptica não apresentava edema macular porém com presença de disrupção e atrofia de fotorreceptores em região temporal à fóvea. (fig 3)

Resultados

A terapêutica da doença de Coats tem por objetivo eliminar os vasos telangectásicos pela oclusão completa e consequente resolução da exudação associada. O tratamento varia de acordo com a classificação de Shields, que compreende os estágio 1 a 5. No relato de caso presente, foi optado por fotocoagulação a laser . Após seis meses de seguimento a acuidade visual do olho direito se permaneceu 20/200 com correção. Em algumas situações utiliza-se também a aplicação de antiangiogênico e triancinolona intravítreos, devido à presença e de fluído sub-retiniano e edema macular.

Conclusões/ Considerações Finais

A conduta terapêutica está diretamente relacionada ao estágio da doença, sendo assim, quanto mais precocemente a doença é diagnosticada, melhor o prognóstico do paciente.

Palavras-Chave

Telangiectasia retiniana; Doença de Coats;Diagnóstico;Tratamento

Área

Tema Livre

Autores

Hugo Tardin Fragoso Borges, André Beckenkamp