Dados do Trabalho

Título

SÉRIE HISTÓRICA DA TUBERCULOSE EM RECIFE DE 2011 A 2021.

Fundamentação/ Introdução

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa transmitida pelo ar causada por organismos do complexo Mycobacterium tuberculosis, sendo um desafio à saúde pública mundial.

Objetivo

Analisar a série histórica e a taxa de detecção de tuberculose no período de 2011 a 2021, na cidade de Recife.

Delineamento e Métodos

Trata-se de estudo ecológico da distribuição temporal da tuberculose dos residentes da cidade de Recife, de 2011 a 2021. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As amostras obtidas foram descritas em relação ao período, categorizados em relação ao sexo, faixa etária, escolaridade, forma clínica e comorbidades associadas. As estimativas populacionais referentes a cada ano foram obtidas no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas de prevalência foram calculadas pela razão entre o número de casos presentes da doença e a população residente para cada ano, e o resultado multiplicado por dez mil pessoas. As informações obtidas no SINAN foram tabuladas no programa Microsoft Excel e posteriormente analisadas por meio de análise descritiva, apresentando frequências absolutas e percentuais.

Resultados

Entre o período de 2011 e 2021 ocorreram 20.958 casos confirmados de tuberculose em Recife. Com relação ao sexo, 14.272 (68,1%) eram do sexo masculino e 6.682 (31,89%) do sexo feminino. No tocante à faixa etária, a maioria dos indivíduos acometidos pela doença estava entre 20 a 39 anos (n=9.559; 45.61%). Notou-se maior incidência de casos em indivíduos com nível de escolaridade ensino fundamental incompleto (28,09%). Entre as formas clínicas, observou-se predomínio de tuberculose pulmonar (84.28%). Em relação às comorbidades associadas, o alcoolismo foi a mais predominante (20,71%) seguida pelo tabagismo (11,85%), AIDS (11,63%) e a diabetes (8,50%). A taxa de prevalência no período foi de 12,98/10.000 habitantes.

Conclusões/ Considerações Finais

O perfil dos casos é predominantemente masculino, com baixa escolaridade e entre 20 a 39 anos. A forma clínica mais comum foi pulmonar. E, a taxa de prevalência variou ao longo dos anos. Assim, observa-se que se trata de uma doença significativa no contexto epidemiológico, e reforça a necessidade de políticas públicas eficientes.

Palavras-Chave

Tuberculose; Epidemiologia; Saúde