Dados do Trabalho

Título

ENVELHECIMENTO MEDICAMENTOSO: PREVALÊNCIA, RISCOS E DESAFIOS DA POLIFARMÁCIA EM IDOSOS

Objetivo

O presente trabalho objetivou analisar a prevalência, riscos e desafios associados à polifarmácia em idosos, tendo em vista o envelhecimento progressivo da população brasileira, favorecendo o cenário de doenças comuns à idade, e o grande desafio da medicina em tratar poli morbidades frente às alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, que interferem na farmacocinética e farmacodinâmica das drogas.

Materiais e Métodos

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que se baseou em 6 etapas, perpassando desde a identificação do tema até a síntese do conhecimento. A revisão foi realizada entre os meses de fevereiro a abril de 2024, tendo os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 5 anos, que tivessem como alvo da pesquisa pessoas com 60 ou mais anos de idade, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO, nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram usados os descritores “população idosa”, “polifarmácia”, “riscos”, “desafios” e “prevalência”. Após análise criteriosa, foi criada uma tabela para apresentação dos dados relevantes à pesquisa.

Resultados

Segundo a definição mais adotada de polifarmácia, que é o uso simultâneo de cinco ou mais fármacos no equivalente a uma semana, as pesquisas demonstraram uma prevalência que variou de 14,9% a 85%, possuindo etiologia multifatorial e forte associação com características sociodemográficas, como sexo feminino, idade avançada, baixo grau de escolaridade e morar sozinho. Quanto aos riscos, as principais repercussões identificadas foram: riscos de hospitalização, declínio funcional, deficiência cognitiva, reações adversas e interações medicamentosas.

Conclusão

Evidenciou-se que a polifarmácia interfere negativamente na qualidade de vida dos idosos, sendo essencial a atuação de uma equipe multiprofissional a fim de identificar as reais necessidades medicamentosas e outras possibilidades para desmedicalização.

Relevância Clínica

O estudo da polifarmácia é relevante e deve enfatizar, além do âmbito quantitativo, a parte qualitativa, visando possibilidades terapêuticas que melhorem a qualidade de vida no envelhecimento.