Dados do Trabalho
Título
ASSOCIAÇAO DE ASPECTOS CLINICOS E COMORBIDADES COM MORTALIDADE DE PACIENTES TRATADOS EM HOSPITAL DE CAMPANHA PARA O ENFRENTAMENTO DA COVID-19 EM RECIFE, PE
Fundamentação/Introdução
O Brasil ocupa o 2º lugar no mundo em número de óbitos por COVID-19, uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus SARS-CoV-2. O conhecimento do perfil clínico, epidemiológico e o prognóstico dos pacientes acometidos nesta pandemia são de fundamental importância para o seu enfrentamento.
Objetivos
O objetivo do presente estudo foi descrever os aspectos clínicos, comorbidades e mortalidade de pacientes tratados em um Hospital de Campanha para o enfrentamento da COVID-19 em Recife.
Delineamento e Métodos
Foi desenvolvido um estudo transversal descritivo sobre os aspectos clínicos e epidemiológicos relacionados à mortalidade de pacientes tratados no Hospital Provisório de Recife (HPR) 2 , hospital de campanha para o enfrentamento da COVID-19 em Recife, Pernambuco (PE), realizado no período entre maio e agosto de 2020. A amostra foi realizada de forma consecutiva, tendo como critérios de inclusão adultos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) internados na unidade de terapia intensiva do HPR 2, com confirmação laboratorial para SARS-CoV-2. Foram excluídos pacientes com dados incompletos de prontuário.
Resultados
O presente estudo descreveu as características clínicas, epidemiológicas e analisou a associação com o óbito de 179 adultos hospitalizados na UTI por COVID-19 confirmados por RT-PCR para SARS-CoV-2. A média de idade dos pacientes foi de 70 anos. Em relação ao gênero, 102 (57%) eram do sexo masculino, dos quais 37 (38%) sobreviveram, enquanto que 77 (43%) eram do sexo feminino, dos quais 30 (44%) sobreviveram. Em relação à hipertensão arterial sistêmica (HAS), 111 (62%) possuíam, dos quais 47 (42%) sobreviveram e 64 (58%), não. Em relação ao tabagismo, 31 pacientes eram tabagistas, sendo que 16 (52%) sobreviveram e 15 (48%), não.
Conclusões/Considerações finais
Logo, observou-se que a presença de idade avançada e comorbidades, particularmente a HAS, esteve relacionada a um pior prognóstico nos pacientes tratados em um hospital de campanha de Recife/PE. Já o tabagismo não esteve associado com pior prognóstico dos pacientes neste estudo.
Palavras Chave
Unidade de terapia intensiva. Coronavirus. Pandemia.
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Autores
GESILDA NEUSA SILVA DE BRITO, ANDERSON DE SOUSA ALVES, GEORGEA GERTRUDES DE OLIVEIRA MENDES CAHÚ, CRISTIANO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA