Dados do Trabalho
Título
ARBOVIROSES NO BRASIL: UM PANORAMA DOS ULTIMOS ANOS.
Fundamentação/Introdução
As arboviroses representam um conjunto de doenças virais que infectam os seres humanos pela picada de mosquito hematófago, sendo o Aedes Aegypti o principal vetor no Brasil. Dengue, Chikungunya e Zika Vírus estão entre as arboviroses de maior circulação no território nacional, causando grandes epidemias intensificadas pela significativa mudança climática e urbana da última década, representando assim, um grande desafio para a saúde pública.
Objetivos
Analisar o perfil epidemiológico das principais arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika Vírus) em circulação no Brasil, entre os anos de 2017 e 2020.
Delineamento e Métodos
Estudo transversal, retrospectivo, quantitativo, através da base de dados DATASUS e Sistema de Informação de Agravos de Notificação, referente ao período de janeiro de 2017 à dezembro de 2020. As variáveis consideradas foram: ano e mês do 1º sintoma, Região/Unidade de Federação (UF), óbitos.
Resultados
No período referido foram notificados um total de 3.762.841 casos das três arboviroses supracitadas nas cinco regiões do Brasil. A Dengue foi responsável por 3.021.631 casos, Chikungunya por 640.283 casos e Zika Vírus por 100.927 casos. Os anos de maior ocorrência foram 2019 e 2020. A região Sudeste notificou o maior número de casos de Dengue (48,03%) e o Nordeste foi responsável pelo maior número de casos de Chikungunya (50,47%) e de Zika Vírus (36,66%). A região Sul notificou o menor número de Chikungunya (6.414 casos) e de Zika Vírus (2.395 casos), ao passo que a região Norte registrou o menor número de Dengue (100.181 casos). Nesse mesmo período, foi registrado um total de 2.263 óbitos, sendo a Dengue responsável por 79,80% do total. Foi observado também um maior número de casos nos meses mais quentes e chuvosos do ano, variando entre as regiões do país.
Conclusões/Considerações finais
As arboviroses ainda representam um importante problema de saúde no Brasil, variando em relação às regiões brasileiras e acometendo nos últimos anos, em média, 940.610 pessoas/ano, sobretudo, nos períodos climáticos mais chuvosos. Diante disso, é de suma importância conhecer a epidemiologia da doença, uma vez que esta é essencial para um melhor planejamento de soluções eficazes, e para a implementação de intervenções e reorientações das estratégias de combate à doença, permitindo o controle do mosquito e reduzindo sua transmissão.
Palavras Chave
Brasil. Arboviroses. Epidemiologia.
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Instituições
UNITPAC - Tocantins - Brasil
Autores
AMIRA FRANCO HAMIDAH, VANESSA LIMA ALVES, CAROLINA VIEIRA GONÇALVES BORGES, ROSÂNGELA DO SOCORRO PEREIRA RIBEIRO