Dados do Trabalho

Título do trabalho

NUMERO DE PASSOS E VARIABILIDADE DE FREQUENCIA CARDIACA AVALIADAS POR MEIO DE DISPOSITIVOS VESTIVEIS EM IDOSOS COMUNITARIOS

Introdução

O envelhecimento humano é um fenômeno que acomete o mundo, sendo uma resposta a mudanças de alguns indicadores de saúde como, a queda da fecundidade, da mortalidade e o aumento da expectativa de vida. É caracterizado como um processo dinâmico e progressivo que está ligado a fatores biológicos, psíquicos e sociais. São esperadas alterações biológicas importantes como redução da frequência cardíaca, aumento da resistência vascular e aumento da pressão arterial, diminuição da capacidade funcional.

Objetivo

Analisar a associação entre a quantidade de passos dados por idosos comunitários e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) a partir de dados captados por dispositivos vestíveis; além disso, identificar o perfil clínico e epidemiológico dos idosos incluídos, identificar a associação existente entre as variáveis estudadas.

Metologia

Estudo observacional transversal com indivíduos a partir de 60 anos, com capacidade de deambular. Foram utilizados dois dispositivos: o smartbands Fitbit inspire HR e inspire 2 para captação de sinais vitais e quantidade de passos. Os participantes utilizaram o relógio por 7 dias no total em um período de 24 horas. Para a captação da VFC, utilizaram uma cinta elástica com um transmissor Bluetooth® de FC (Polar H10). Para análise no domínio de tempo foi calculado o índice SDNN, RMSSD e pNN50.

Resultados

Inicialmente, foram avaliados 74 idosos com (73,6 ± 6,5 anos), mas apenas 68 apresentaram dados válidos (41 homens e 27 mulheres). Foi encontrada uma correlação significativa entre os índices PNS, SDNN, RMSSD, pNN50, SDANN, TINN e média do intervalo RR e a idade. Não foi encontrada correlação entre número de passos e os domínios da VFC (p>0,05). Idade e número de passos mostraram associação (p< 0,05).

Discussão

Avaliar isoladamente a quantidade de passos não mostrou associação; mas, estudos evidenciam que o nível de atividade pode interferir na VFC. O avançar da idade pode estar associado a uma queda na quantidade de passos, o indivíduo tende a ficar mais sedentário e realizar poucas atividades. O envelhecimento humano tem papel na modulação da VFC, mas ela não está ligada somente ao envelhecimento, seus padrões de mudanças podem ser dependentes de outras medidas como a longevidade e o estilo de vida.

Conclusão

A VFC e o número de passos não mostraram associação na população avaliada. Sendo assim, a variável número de passos pode não ser a mais sensível para identificar alterações na VFC. O nível de atividade física tem sido relacionado a alterações de VFC; no entanto, seria necessária uma avaliação mais abrangente englobando outras variáveis (além do número de passos dados) que pudessem ser consideradas com o nível de atividade física medido para aquela população.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

idosos; variabilidade da frequência cardíaca; dispositivos vestíveis. sistema nervoso autônomo; sistema cardiovascular.