Dados do Trabalho

Título do trabalho

A CONCEPÇAO DE USUARIOS DE CADEIRA DE RODAS MANUAIS (CRM) SOBRE OS DOMINIOS ATIVIDADES E PARTICIPAÇAO DA CLASSIFICAÇAO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAUD

Introdução

O uso de cadeira de rodas manuais (CRM) se torna um obstáculo na vida profissional, educacional e social dos pacientes. Apenas 34,3% dos trabalhadores com deficiência trabalham formalmente. Embora seja fundamental as adaptações no ambiente de trabalho e estudo para inclusão social adequada, em muitos locais não há essa possibilidade. Por não possuírem uma assistência adequada, muitos pacientes relatam a diminuição do ciclo social, bem como desistência do trabalho e estudos.

Objetivo

Investigar a concepção dos usuários de cadeira de rodas manuais (CRM) sobre as atividade e participação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidades e Saúde (CIF) no quesito relações sociais, vida profissional e educacional após a lesão.

Metologia

Neste estudo exploratório e qualitativo, os participantes foram pessoas com deficiência física adquirida, usuárias de CRM e maiores de 18 anos. A coleta de dados foi realizada num Centro Especializado em Reabilitação II (CER II) da região do Vale do Itajaí (SC). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com questões voltadas aos domínios atividades e participação da CIF foram gravadas e transcritas e analisadas tematicamente. Projeto aprovado no CEP 4.821.295 e teve financiamento do UNIEDU.

Resultados

Participaram 10 usuários de CRM e na análise foram encontradas duas categorias: Mudanças no contexto das relações sociais após lesão e Impacto do uso de CRM na vida profissional e educacional. Em relações sociais: Depois do acidente, ficou com só 3 amigos (P2); A maioria esqueceu que eu existo (P6); Depois que fiquei doente, amigos não tenho muito (P7). Na vida profissional e educacional: Hoje não tenho muito o que falar porque não faço mais nada (P5); Estou impossibilitado, sou marceneiro (P7).

Discussão

A exclusão social do usuário de cadeira de rodas foi uma representação social encontrada. As limitações para o uso da CRM, barreiras ambientais e maus ajustes das cadeiras, sinalizam como fatores de exclusão social. As pessoas são habituadas com seus costumes, valores, atitudes e expectativas sociais, as quais excluem por preconceito, desconhecimento ou desvalorização a pessoa com deficiência do convívio e dos benefícios que a sociedade oferece.

Conclusão

Espera-se que este estudo possa servir de base para ações e intervenções do fisioterapeuta e de promoção da saúde para os usuários e suas famílias. Ações estas que podem ser desenvolvidas nos centros especializados em reabilitação como na Atenção Básica à Saúde. As barreiras sociais de toda ordem devem ser reconhecidas, acompanhadas juntamente aos sujeitos e suas famílias e ressignificadas em vários momentos, visando o aumento da funcionalidade e da independência e autonomia dos sujeitos.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Usuários de cadeiras de rodas manuais, cuidados pessoais, mobilidade domiciliar.